ITAÚNAS

ITAÚNAS            A VILA            DUNAS            FOLCLORE            PARQUE ESTADUAL

Itaúnas

A Vila de Itaúnas, um encanto... É natureza, aventura, sol e mar...
O paraíso na Rota do Verde e das Águas, norte do Espírito Santo. 
A tranquilidade só é alterada pelo tradicional forró-pé-de-serra, e o som do jongo ou Ticumbi de São Benedito, Cultura e devoção dessa comunidade.

O patrimônio histórico paisagístico, a beleza dos diferentes ecossistemas, formando o maior parque ecológico do estado, cada vez mais, atrai turistas, estudantes, pesquisadores, que ao chegarem compreendem seu tombamento pelo Conselho Estadual de Cultura (1986) e declaração pela UNESCO de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica como Patrimônio da Humanidade (1992).

A atual Vila foi construída à direita do rio itaúnas, em virtude do soterramento por dunas de até 30 metros da antiga vila formada no século XVIII por portugueses, espanhóis, índios e negros quilombolas.

Pequena e aconchegante desenvolveu-se em volta de uma praça de gramado onde se encontra a Igrejinha de São Sebastião, palco das apresentações dos grupos folclóricos da região, ponto alto das festividades em honra ao padroeiro nos dias 19 e 20 de janeiro. 


A Vila

A antiga Vila de Itaúnas, formada no século XVIII por portugueses, espanhóis, índios e negros quilombolas, foi soterrada entre as décadas de 40 e 70 por dunas de até 30 metros de altura forçando seus antigos habitantes a se mudarem para a margem direita do rio itaúnas. Hoje, as dunas são a maior atração turística da região.

Pelo seu valor paisagístico histórico e arqueológico foram tombadas pelo Conselho Estadual de Cultura em 1986. A nova Vila de pescadores – canoeiros é simples, suas ruas são de terra e muitas delas gramadas. Possui 1.200 moradores, zelosos por suas tradições que trazem saberes, histórias e lendas, como as que procuram explicar o surgimento das Dunas.

Entre os atrativos culturais, destacam-se: o Jongo, o Alardo, o Ticumbi de São Benedito (que acontece nos dias 19 e 20 de janeiro), as tradicionais roças com suas farinheiras, os próprios pescadores e o tradicional forró-pé-de-serra.

Na segunda quinzena de julho, o forró alcança seu ponto alto com a realização do Festival Nacional Forró de Itaúnas. 


Dunas

Os ventos que trouxeram destruição também proporcionaram um cenário de indescritível beleza.


As dunas de até 30 metros de altura escondem a antiga vila de Itaúnas, soterrada entre as décadas de 40 e 70.


Os constantes ventos vindos ora do nordeste, ora do sul descobrem resquícios de construções e artefatos da antiga vila e de civilizações indígenas do período pré-colonial. Ali, diversos sítios arqueológicos já foram identificados com artefatos estimados em 1250 d.C.


Pelo seu valor paisagístico histórico e arqueológico foram tombadas pelo Conselho Estadual de Cultura, em 1986.



De cima das dunas o visitante é presenteado com a paisagem do alagado de um lado, o mar do outro, a pequena vila de pescadores em meio a muito verde e ainda o rio Itaúnas. Por si só um dos mais belos atrativos de Itaúnas, as dunas, ainda permitem aos casais apaixonados e aos amantes da natureza o melhor local para se apreciar o nascer do sol refletido no mar e ao pôr-do-sol com sua luz tênue sobre o alagado ao anoitecer.


Folclore

O FOLCLORE DA VILA DE ITAÚNAS
As manifestações folclóricas revelam a alma do povo, sua sabedoria, sua forma de pensar, sentir e agir, representados e transmitidos através de gerações espontaneamente, mantendo viva a cultura popular. Das manifestações comuns em Itaúnas, destacam-se:

REIS DE BOIS
O Reis de Bois é uma brincadeira de origem europeia e medieval, feita dentro do ciclo natalino em homenagem aos Santos Reis. Esse reisado é dividido em duas partes: uma louvação aos Santos Reis e a apresentação da morte e ressurreição do Boi. Nesta última, o vaqueiro vende ao “Dono da Casa” as figuras, personagens como o boi, a lopa, o lobisomen e a catirina. Com o andamento das coreografias os bichos e o boi avançam sobre os auxiliares. As músicas são acompanhadas por sanfonas e pandeiros. 

TICUMBI 
Festa religiosa em louvor a São Benedito. É um teatro popular onde se dramatizam, através de cantos, danças, embaixadas e cenas de guerras, os conflitos entre o Rei de Bamba e o Rei de congo pela preferência de louvor a São Benedito. Há embaixadas com sátiras e comentários chulos. A música é primitiva sendo usados para a festa, viola e pandeiros. A coreografia é riquíssima e traja capacete recoberto com pano azul, enfeitado de flores e fitas coloridas, uma bata rendada com mangas compridas e punhos de renda, calça e sapatos brancos. 

ALARDO DE SÃO SEBASTIÃO DE ITAÚNAS 
Folguedo de origem ibérica, o Alardo é um auto dramático onde se representam as lutas entre cristãos e mouros. Durante dois dias, os brincantes realizam embaixadas e escaramuças de guerra pela posse da imagem de São Sebastião, o padroeiro da festa. Ao final do festejo, os mouros infiéis são derrotados e submetidos ao batismo cristão.

Parque Estadual de Itaúnas

Natureza, história e aventura para você.

O Parque
O Parque Estadual de Itaúnas (PEI) foi criado, em 1991 para preservar ecossistemas da Mata Atlântica, como a restinga, a mata de tabuleiro, o manguezal e o complexo de alagados, sendo este último um dos maiores do Estado. 

Além de proteger áreas importantes para reprodução de tartarugas marinhas, que desovam em todo seu litoral. O Parque possui praias desertas, dunas, rio, muitas histórias e manifestações culturais da comunidade local. Esse cenário torna o PEI, em conjunto com a Vila de Itaúnas, um lugar de beleza única no Brasil. 

O PEI é administrado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) e aqui são desenvolvidas atividades como: educação ambiental, fiscalização, ecoturismo, pesquisa e monitoramento ambiental. Essas atividades contribuem para a preservação dos recursos naturais e várias delas contam com o envolvimento das comunidades que vivem no entorno.


Histórico
Há aproximadamente 500 anos, quando índios e portugueses encontraram-se pela primeira vez na região do Rio Itaúnas, as dunas já existiam como formação predominante na costa norte capixaba. Durante séculos, essas formações se mantiveram estáveis por ali.

Relatos históricos dão conta de que, entre os anos 30 e 40, o uso indiscriminado dos recursos florestais da restinga, associado aos fortes ventos na região, provocaram o desaparecimento da antiga Vila. Isso se explica porque a vegetação auxiliava a fixação das dunas e sem este recurso, as dunas foram se deslocando, acabando por soterrar a antiga vila. Então, os moradores formaram uma nova vila na margem direita do rio itaúnas, onde encontram-se desde a década de 70.

Um ano após sua criação, o PEI foi declarado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, integrando a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.


Biodiversidade
Nos ecossistemas protegidos pelo Parque é possível encontrar grande diversidade de animais: tatu, paca, capivara, veado, cachorro-do-mato, bicho-preguiça, jaguatirica, lontra, jacaré-do-papo-amarelo, lagartos e várias espécies de aves e peixes. Algumas dessas espécies correm risco de extinção.

Estrutura
O Parque conta com uma sede administrativa, auditório, biblioteca e Centro de Visitantes com exposição sobre arqueologia local e o Projeto de proteção às tartarugas..

Existem trilhas sinalizadas para visitação e que também representam atrativos do PEI. São elas: Buraco do Bicho, Pescador, Alméscar, Dunas e Tamandaré, que permitem uma caminhada em meio a restinga e alagados. Monitores e condutores ambientais estão disponíveis para atendimento aos visitantes e condução de trilhas. 

Há ainda programas específicos para atendimento de excursões turísticas e grupos escolares, com o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e informações sobre a Vila de Itaúnas e o Parque.

Dicas


  •  Do Parque, leve apenas lembranças, tire apenas fotos, deixe apenas pegadas, queime somente calorias e mate só a vontade de se divertir.
  • Ao fazer trilha leve: água, repelente, protetor solar, roupas e calçados confortáveis.
  • Procure manter silêncio durante as caminhadas. Isso aumenta a possibilidade de visualizar e/ou ouvir algum animal, além de não atrapalhar o passeio de outros visitantes.
  • Para sua segurança e conservação do ambiente natural, ande nas trilhas indicadas.
  • Mantenha o ambiente sempre limpo, traga o lixo de volta ou use as lixeiras.
  • Aproveite para fazer caminhadas, deixe seu carro onde estiver hospedado.
  • Respeite a comunidade local e a fauna da região. Não utilize som alto.
  • Utilize os serviços dos monitores e condutores ambientais, eles lhe farão informações preciosas.
  • Visite o centro de visitantes e conheça a exposição arqueológica e o Projeto de proteção às tartarugas.



Horário de atendimento:
Aberto todos os dias, das 08h30min às 17:00hs. Feriados, das 08h30min às 20:00hs.


Informações e agendamento de visitas:
(27) 3762-5196 | pei@iema.es.gov.br
Av. José Basílio dos Santos, s/n – Caixa Postal 53 CEP: 29.965-000 – Vila de Itaúnas – conceição da Barra – ES

TRILHAS


Buraco do Bicho – cerca de 2 horas e meia


São cerca de 3 a 4 km de trilha em terreno arenoso e plano. Dentro do trajeto que possui áreas de mata aberta podemos ver restingas e dunas, além de algumas árvores frutíferas como pitangueiras, mangabeiras e cajueiros. E frutos de regiões secas como o guriri, um tipo de coco muito pequeno e doce, que parece uma azeitona que pode ser encontrado nas proximidades do Buraco do Bicho.


Tamandaré – cerca de 1 hora


Tamandaré era um antigo morador da vila soterrada, e como foi dito anteriormente, foi o único que escapou do soterramento. Plantou cerca de 700 coqueiros do outro lado do rio Itaúnas em seu terreno. Morava sob as dunas e para chegar até sua casa é preciso andar pela trilha do rio.


Trilha do Rio – cerca de 30 minutos
Trilha que beira o Rio Itaúnas à caminho da casa do Seu Tamandaré e as dunas. Passa por uma parte do rio por pequenas pontes de madeira em meio a vegetação de alagados


Trilha das Borboletas – cerca de 2 horas e meia


Trilha em meio a mata de cerrado e restingas, passando por mata aberta e mata fechada com exemplos da fauna e da flora, entre eles, bromélias, cactos, hibiscos, ninhos de onça, entre outros. Se o visitante tiver sorte avistará borboletas em meio a mata fechada. No meio do caminho pode-se ver o córrego das moças, a entrada para a trilha dos pescadores, entre outros.


Ruínas – cerca de 1 hora e meia


Visita as ruínas sob as dunas, passando pelos sítios arqueológicos da cidade soterrada e em regiões que já foram habitadas por tribos de índios que habitaram o local há séculos atrás.


Trilha dos Pescadores – cerca de 1 hora e meia


Hoje há duas trilhas para o local onde podemos encontrar as canoas usadas pelos pescadores para a pesca que sempre começa lá pelas 5 da madrugada e só termina lá pelas 11 horas. A trilha antiga é uma estrada de areia que leva até as canoas, mas para diminuir o trajeto, os próprios pescadores assentaram sobre as dunas barro batido, o que tornou o caminho até as canoas mais curto. A trilha nova possui um portão de entrada em modelo rústico, construído pela administração do parque.


Trilha da Alméscar – cerca de 2 horas


Trilha em que são encontradas árvores alméscar, que pode ser utilizada para a fabricação de perfumes e fragrâncias, mas que somente é utilizada pela população local para a fabricação de incensos. Durante o percurso pode-se tomar banho de rio e observar as ações do homem sobre a vila.


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